segunda-feira, 30 de junho de 2014

-FREIOS E SUSPENSÃO: SISTEMAS DEVEM SER REVISADOS ANTES DAS FÉRIAS.

Sistema de freiosImportantes para ajudar a garantir a segurança do veículo nas estradas, os sistemas de freios e suspensão devem ser incluídos no check-up antes das férias escolares. Defeitos e até mesmo o desgaste natural dos componentes podem provocar graves acidentes

O mês de julho está próximo e junto com ele chega o período de férias escolares. É hora, além de planejar o roteiro de viagem e despesas, fazer uma manutenção preventiva no veículo para evitar inconvenientes e diminuir risco de acidentes na estrada. “Além de itens tradicionais checados na revisão, como nível de óleo e do líquido do radiador, calibragem e desgaste de pneus, iluminação, filtro de combustível, de óleo e de ar, outros componentes, especialmente, relacionados à segurança devem ser revisados”, adverte Jair Silva, gerente de qualidade e serviços da Nakata.

É recomendável conferir o sistema de freios e de suspensão do veículo, itens fundamentais que quando em boas condições colaboram com a segurança no trânsito. Composto por vários componentes, entre eles, discos, pastilhas, lonas, servo freio, cilindros mestre e de rodas, pinça e sapata, o sistema de freio requer atenção na hora da manutenção. “O ideal é analisar todo o conjunto para verificar o estado das peças. Ao verificar desgaste nos componentes, como lonas ou pastilhas, ou ranhuras nos discos é preciso efetuar a substituição”, comenta Silva.

O nível de fluido de freio e os vazamentos também devem ser verificados, bem como o freio de estacionamento. “Pedal muito duro pode ser indício de problemas com o servo-freio. Já se estiver macio demais, encostando no assoalho, pode ter ar no sistema ou estar sem pressão hidráulica devido à vazamentos”, ressalta.

Outro sistema que deve ser revisado é o de suspensão a começar pelo alinhamento e balanceamento das rodas. “Vibrações no volante pode ser sinal de roda desbalanceada e veículo puxando para um dos lados, alinhamento fora das especificações”, explica o gerente.

O amortecedor é um dos principais componentes do sistema de suspensão, que tem como o objetivo o objetivo ajudar, juntamente com a mola, a absorver os impactos gerados na condução do automóvel. “Os amortecedores garantem a estabilidade do veículo e quando desgastados podem ocasionar acidentes”, alerta.

Entre os sinais que indicam o momento da troca de amortecedores estão o aumento de distância da frenagem, desgaste de pneus, sensação de oscilação da carroceria, vazamento de fluido, balanço excessivo nas arrancadas e, tendência de aquaplanagem em solo alagado e do veículo sair para o lado de fora nas curvas.

A revisão periódica pode ser feita a cada 10 mil km em oficina especializada para avaliar as condições dos amortecedores ou a qualquer mudança de comportamento do veículo. Para assegurar a eficiência do veículo deve-se instalar peça nova. Desde janeiro de 2013, já começaram a ser fabricados amortecedores para o mercado de reposição com o selo do Inmetro e, a partir de julho de 2014, a comercialização com a certificação passa a ser obrigatória.

Com informações da Assessoria de Imprensa

sábado, 28 de junho de 2014

-COMISSÃO APROVA OBRIGATORIEDADE DE MONITOR NO TRANSPORTE ESCOLAR.

Monitor no transporte escolarOs responsáveis pelo transporte escolar podem ser obrigados a contratar monitor treinado para orientar estudantes menores de 12 anos ou deficientes com relação à segurança de trânsito durante as viagens e auxiliá-los no embarque e desembarque do veículo.

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei (PL) 5596/09, do deputado Moreira Mendes (PSD-RR), que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). Segundo o projeto, o auxiliar terá que apresentar a cada três anos uma certidão negativa relativa aos crimes de roubo, estupro, homicídio, corrupção de menor, tráfico de drogas e furto.

O Código de Trânsito, apesar de estabelecer normas para o transporte coletivo escolar, não faz referência à presença de um monitor no veículo. Já existem algumas leis municipais, mas como não há uma norma federal, fica uma brecha na legislação. De acordo com o projeto, o veículo que for flagrado sem o auxiliar devidamente habilitado será apreendido e multado.

RiscosO relator do projeto, deputado André Zacharow (PMDB-PR), acredita que, em geral, os transportes escolares, principalmente no interior do País, apresentam altos riscos. Para o deputado, a nova medida vai aumentar a segurança dos estudantes.

Segundo ele, a proposta vai dar "uma garantia, uma melhoria nesse segmento que tem dado muito problema, principalmente nas zonas rurais, no interior do País, onde esse transporte é feito de forma precária".

Problemas
Joana Darc da Silva é mãe da Emanuele, que tem 7 anos, e precisou contratar uma van escolar para levar a filha à escola. Joana afirma que o fato de não haver um responsável que prestasse assistência enquanto o motorista dirigia causou vários problemas.

Mais nova que as outras crianças, Emanuele apanhava dos colegas. "Ela começou a apesentar sinais de agressividade em casa, chorava sempre. Acabou que eu tive que tirá-la da van e sacrificar no serviço, no sentido de chegar mais tarde e sair mais tarde, pra levá-la à escola.”

Na avaliação de Joana Darc, “se há várias crianças num transporte escolar sem ninguém pra controlar, acontece de a criança não utilizar cinto de segurança adequadamente. Eles comem dentro da van, podem engasgar. Pode ocorrer outro tipo de acidente. E essa diferença de idade, tem a questão da sexualidade. Eu acho isso extremamente importante e é fundamental. Tem que ter".

Tramitação
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito. Depois, será votada pelo Plenário.

Com informações da Agência Câmara

quinta-feira, 26 de junho de 2014

-POLICIAIS MILITARES DE FLORIANO RECEBERAM MEDALHAS DO MERITO POLICIAL MILITAR.

Nas comemorações alusivas ao aniversário de 179 anos da Polícia Militar do Estado do Piauí, o Governador do Estado no uso de suas atribuições conferiu às autoridades civis e militares homenagens com Medalhas do Mérito Policial.

Por outorga do Comandante Geral da PMPI, os policiais do município de Floriano, 1º Sargento Hélio Avelino Cardoso e Cabo Rômulo da Silva Feitosa, receberam a Medalha através de ato governamental de 25 de junho de 2014.

O Sargento mostrou-se enaltecido com o reconhecimento e dedicou a conquista a Deus e ao suporte da família, arrimo indispensável na vida de um homem.

“Esse será mais um dos dias que guardarei com muita alegria, recebi a Medalha Mérito Policial Militar concedida pelo Governo do Estado devido aos bons serviços prestados a comunidade. Essa vitória dedico a toda minha família", disse o 1º Sargento Hélio Avelino Cardoso.

Imagem: FlorianoNews1º Sargento Hélio Avelino Cardoso(Imagem:FlorianoNews)1º Sargento Hélio Avelino Cardoso

segunda-feira, 16 de junho de 2014

-OS CARROS MAIS ROUBADOS.

Carros mais roubadosEmpresa de rastreamento divulga lista com os 20 modelos mais envolvidos em situações do tipo

Não é uma estatística oficial, divulgada por algum órgão da administração publica, mas mesmo assim não deixa de ser interessante.

O Grupo Tracker, empresa especializada no rastreamento e localização de veículos, divulgou a lista com os modelos mais roubados no primeiro quadrimestre deste ano.

Quem figura em primeiro lugar é o Fiat Palio, seguido pela Toyota Hilux e o Volkswagen Gol em terceiro lugar. Segundo a empresa, a Hilux aparecia em terceiro lugar em 2013 e, em 2012, ficou na sexta posição. “Na medida em que a venda de utilitários cresce no Brasil, esse segmento também passa a ser mais visado pelos bandidos”, analisa Carlos Alberto Betancur, diretor nacional de operações da empresa.

Vale a pena destacar que a lista dos modelos mais visados reúne apenas os modelos que contam com o rastreador, porém já serve para indicar uma tendência no mercado.

Confira abaixo a lista completa dos automóveis e utilitários mais roubados em 2014 segundo a Tracker: 

1º - Fiat Palio
2º - Toyota Hilux
3º - Volkswagen Gol
4º - Volkswagen Voyage
5º - Fiat Siena
6º - Volkswagen Saveiro
7º - Fiat Strada
8º - Volkswagen Fox
9º - Honda Civic
10º - Toyota Corolla
11º - Hyundai i30
12º - Mercedes-Benz Sprinter
13º - Fiat Punto
14º - Chevrolet S10
15º - Ford EcoSport
16º - Fiat Uno
17º - Volkswagen Jetta
18º - Mitsubishi L200
19º - Volkswagen SpaceFox
20º - Nissan Frontier 

Fonte: Carro Online

sábado, 14 de junho de 2014

-BRASILEIROS ADMITEM QUE EXCEDEM LIMITES DE VELOCIDADE.

Limites de velocidadePesquisa mostra que estacionar em local proibido e dirigir após beber álcool também estão entre as violações mais citadas pelos entrevistados

O brasileiro anda excedendo o limite de velocidade das vias e estacionando em local proibido. Foi o que constatou recente pesquisa realizada pela Associação Proteste sobre comportamento no trânsito com 975 motoristas, com idade entre 18 e 70 anos.

Além de gerar perda de pontos, suspensão ou cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), as infrações podem causar despesas consideráveis ao condutor, dependendo de sua situação financeira. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos, os entrevistados gastaram, em média, R$ 795 com o pagamento de multas, sendo que R$ 315 somente no último ano.

E apesar das inúmeras campanhas que mostram os perigos da combinação entre álcool e direção e da maior rigidez da fiscalização nas ruas em todo o Brasil, 40% dos entrevistados admitem que dirigem, mesmo "tendo bebido um pouco", embora não especifique a quantidade.

Brasileiro não larga o celular ao volante

O estudo também comprovou que o brasileiro não consegue largar o celular, sobretudo quando está ao volante. Prova disso é que 67% dos participantes falam ao telefone enquanto conduzem seus veículos.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

-HUMANIZAÇÃO DAS CIDADES E PROTEÇÃO AO PEDESTRE.

Pedestre no trânsitoO Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) já definiu o tema para a Semana Nacional do Trânsito, entre os dias 18 e 25 de setembro de 2014: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre”.

Tudo bem que mobilidade humana, proteção e prioridade ao pedestre tem que ser todo dia, mas para as cidades e as pessoas que querem fazer algo, efetivamente sério, o momento de começarem a se mexer é agora!

Infelizmente, temos no nosso país uma cultura de planejamentos e ações, principalmente em segurança no trânsito, voltada apenas para as datas comemorativas. É só chegar a Semana Nacional do Trânsito que as escolas e os professores ficam em polvorosa. No meio do corre-corre para decorar toda a escola os alunos ensaiam dramatizações, jograis, paródias, participam de concursos de cartazes, de pintura, de frases sobre o trânsito e de tantas outras atividades. Mas, ao longo dos outros dias do ano o assunto trânsito mal entra na pauta.

O trânsito nas escolas pode ser trabalhado diretamente em 5 dos 6 temas transversais, mas quem é que disse que se trabalha trânsito na escola? Cada escola tem o seu Projeto Político Pedagógico (PPP), mas, quantos incluem o trânsito em suas metas a serem trabalhadas a curto, médio e longo prazo?

Talvez, na Semana Nacional do Trânsito, as secretarias de educação em muitos municípios organizem concursos de redação e até premiem as melhores frases daqueles alunos que escrevam que as cidades devem ser pensadas e planejadas para as pessoas e não para os veículos, mas será que os governantes que vão entregar os prêmios estão fazendo isso na sua própria cidade?

Talvez a frase vencedora desse tipo de concurso na Semana Nacional do Trânsito seja aquela do aluno que dirá que uma cidade feita para as pessoas é aquela em que se estimula o uso da bicicleta como transporte alternativo para pequenos percursos. Talvez, essa criança até ganhe como prêmio uma bicicleta, mas será que a sua cidade vai lhe oferecer condições seguras de pedalar no lazer ou na ida e vinda para a escola?

Isso faz pensar sobre que tipo de importância se está dando à Semana Nacional do Trânsito e se estaremos premiando apenas o que queremos ouvir e não fazemos em nossas cidades.

O fato é que não se pode pensar que um dia teremos cidades para as pessoas, proteção e prioridade ao pedestre enquanto o próprio governo zera as taxas e impostos para incentivar a compra de carros novos sem oferecer malha viária decente e segura num país em que morrem, por ano, mais de 60 mil pessoas em acidentes.

Porque fazer uma cidade para as pessoas com proteção e prioridade ao pedestre inclui também medidas de engenharia, de fiscalização e de educação que possibilitem o deslocamento com segurança, conforto e acessibilidade para todos: pedestres, ciclistas e condutores.

Inclui quebrar velhos paradigmas e estereótipos de que tanto a qualidade de vida quanto o ideal de felicidade do século 21 se resumem a ter um carro ou uma moto. Enquanto as cidades e os países mais evoluídos também em mentalidade e em cultura implantam medidas que priorizam as cidades para as pessoas e as áreas de convivência humanas em detrimento do veículo, continuamos caminhando na contramão, fazendo todo tipo de mudança que favoreça o fluxo de veículos.

Numa cidade planejada para as pessoas as sinaleiras para pedestres oferecem mais tempo para as travessias humanas. Numa cidade planejada para as pessoas há investimentos em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas; há modificação do traçado e da geometria das vias para favorecer a vida das pessoas nas cidades com espaços de convivência arborizados e humanamente recriados.

Nas cidades planejadas para as pessoas, em vez de se construir mais pistas para os carros e aumentar a velocidade permitida, reduz-se a velocidade como uma forma de aumentar a segurança, a proteção e a prioridade para os pedestres, porque é isso que reduz os impactos de acidentes e morbimortalidade de pessoas no trânsito.

Não se trata de ser contra o veículo, mas de se encontrar uma forma de uso racional para atender as necessidades de deslocamento das pessoas, estejam elas sobre rodas ou não.

Também não se trata de importar modelos do que deu certo lá fora e usar como carbono no Brasil, um país com uma frota que não pára de crescer e também onde mais se mata e se fere no trânsito e onde tudo que se tenta no sentido de impactar menos as cidades e reduzir a acidentalidade não dá resultado! Trata-se de abordar o problema com a devida seriedade e mudança de mentalidade que se pede.

Pertenço a uma escola que entende e defende que a Semana Nacional do Trânsito deveria ser aquele período em que todo o Brasil se reuniria em torno das ações realizadas ao longo de todo o ano para analisá-las, reavaliá-las e melhorá-las para cuidar melhor das pessoas e prevenir ainda mais a acidentalidade.

Já que muitas cidades não terão o que avaliar na Semana Nacional do Trânsito deste ano, que a programação não seja só comemorativa. Que sirva como reflexão para o país entender que assumimos perante o mundo o compromisso de reduzir para 11 as 23 mortes a cada 100 mil habitantes até o ano 2020 com uma taxa de mortalidade de mais de 60 mil mortos por ano.

Que sirva para o país entender os custos tangíveis e intangíveis de tudo isto. Afinal, as mudanças que tanto esperamos para um trânsito mais humano e seguro começam pela mudança de mentalidade. E que em vez de apaixonados por carros como querem que acreditemos que somos, sejamos apaixonados pela vida ao ponto de construirmos cidades com segurança, proteção e prioridade à vida. 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

-APROVADO POR UNANIMIDADE PEC QUE ESTABELECE CARREIRA DE AGENTE DE TRÂNSITO.

O Plenário do Senado aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (28), PEC dos Agentes de Trânsito (PEC 77/2013). Foram 58 votos favoráveis no primeiro turno e 60 em segundo turno, sem votos contrários nem abstenções. A matéria será promulgada em sessão do Congresso Nacional nos próximos dias.
Os senadores comemoraram a aprovação da proposta e destacaram o papel do agente de trânsito na segurança do trânsito. Profissionais do setor acompanharam a votação das galerias. O presidente do Senado, Renan Calheiros, lembrou que os acidentes de trânsito são um dos maiores desafios da saúde pública brasileira.
- São dezenas de milhares de mortes por ano, que oneram em centenas de milhões de reais o Sistema Único de Saúde. Essa PEC é de fundamental importância para reverter esse trágico quadro – disse Renan.
O relator da PEC, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou que a aprovação da proposta representa um momento importante para a categoria de agentes de trânsito e para a segurança viária em todo o Brasil. Ele também agradeceu a Renan por pautar a matéria, que tramitou mais rapidamente em virtude de calendário especial acordado entre as lideranças partidárias.
A PEC, de autoria do deputado Hugo Motta (PMDB-PB),  inclui um parágrafo no artigo 144 da Constituição, que trata da estruturação do sistema de segurança pública. Estabelece que a segurança viária compreende educação, engenharia e fiscalização de trânsito, com o objetivo de garantir ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.
O texto dá caráter constitucional à competência dos órgãos e agentes de trânsito, estruturados em carreira, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
De acordo com a justificação da proposta original, o Código de Trânsito Brasileiro transferiu para o município o dever de gerenciar o trânsito. No entanto, a transferência está condicionada à existência de capacitação, além da existência de Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari).
A proposta tem por finalidade, portanto, prever a existência de órgão apto a desempenhar essas funções, reduzindo, assim, os acidentes de trânsito. Na Câmara, o texto inicial, que abrangia somente os municípios, sofreu alteração para englobar estados e Distrito Federal.
De acordo com o relator, a proposta é positiva, pois pode ajudar a reverter o quadro do país, que apresenta um índice elevado de acidentes de trânsito.
“Ao incluir a educação e a engenharia de trânsito, ao lado da fiscalização, no âmbito de atuação dos órgãos ou entidades executivos de trânsito, a proposição adota conceito atual e abrangente, que favorecerá a prevenção de acidentes, e não apenas a punição de infratores”, afirmou o relator.
Agência Senado
Fonte:

segunda-feira, 9 de junho de 2014

-POR QUE INSISTIMOS NO ERRO DE USAR O CELULAR AO VOLANTE?

Uso do celular ao volanteFalar ao celular enquanto dirige é infração de trânsito. Não é grave, mas pode ter consequências perigosas. E disso todos motoristas sabem. Então por que ainda é tão comum encontrar condutor telefonando no trânsito?

O vidro fumê pode até ajudar a encobrir, mas olhando atentamente é fácil perceber a silhueta infratora. Uma mão fora do volante, articulação oral intensa: eis mais um motorista dirigindo e falando ao celular em Fortaleza. Há outros que não se escondem atrás do vidro fechado e bancam o diálogo fora de hora escancaradamente.

O celular está cada vez mais presente onde não deveria. Usar o equipamento no trânsito é infração punida com quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13. Todo condutor habilitado aprende isso. Então qual o motivo para condutores continuarem sendo infratores e possíveis geradores de acidentes (graves, inclusive) no trânsito?

“É falta de consciência”. Resume o mototaxista José Paulino Honório, 45. “O celular distrai. Triscou dois segundos já foi suficiente para acabar com uma família”, diz, garantindo já ter perdido corrida para poder estacionar e atender o celular.

Já a vendedora Naiana dos Santos, 21, sabe do perigo da prática, mas não deixa de caminhar com o celular na orelha. E isso, algumas vezes, atrapalha, admite. Para ela, é a falta de mais tempo no dia a dia “para resolver problemas” que faz do celular item popular no trânsito - motorizado ou a pé.

O fiscal de operações David Moura, 27, é adepto da soma motocicleta+celular. Capacete para o alto, uma mão no guidom e celular em uso é prática “normal” para ele. “Vou guiando e conversando. Consigo fazer as duas coisas”, justifica.

Por conseguir “fazer as duas coisas” ao mesmo tempo, David pode ser enquadrado em um percentual de 2% da população mundial. Esse é o índice de indivíduos com habilidade para “executar duas ou mais atividades simultaneamente”, segundo o médico Dirceu Rodrigues, especialista em medicina do tráfego e diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Por isso, Dirceu aponta ser extremamente arriscado dirigir usando o celular, já que o aparelho causa um desvio de atenção perigoso no trânsito, um espaço em que as funções cognitiva, motora e sensorial-perceptiva precisam estar ativas. Para ele, a infração é comum por causa da falta de educação no trânsito, de fiscalização rigorosa e de punição mais severa.

Celular

O celular que toca no carro desconecta o motorista de sua função. A direção fica mais lenta, menos coordenada, perigosa. Ao acionar o botão e iniciar a chamada, visão, audição, percepção e vigília sobre o trânsito se perdem. “Isso concorre para que você tenha um acidente. Você leva três, quatro segundos pra pegar celular e acionar. Nesse tempo, se você estiver a 100km/h, terá percorrido 100m, 120 metros sem visão total do ambiente porque a sua atenção, sua concentração, sua percepção estarão ligadas só no que o indivíduo vai falar”, diz Dirceu. As chances de um acidente se multiplicam por três quando o celular está envolvido. Se o condutor estiver sobre duas rodas, crescem dez vezes.

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador em segurança viária, Flávio Cunto, indica não haver estatística nacional confiável sobre os acidentes envolvendo celular. Porém, cita, “estudos internacionais indicam que um em cada quatro acidentes são ocasionados pela utilização” do aparelho.

“Ao contrário do que muitos pensam, o emprego de tecnologias como o ‘hands free’ ou ‘bluetooth’ não diminui as chances de envolvimento em acidentes”, alerta o professor. Porque mesmo o que não afasta o olhar do condutor do trânsito pode acabar com a atenção dele. Dirceu Rodrigues dialoga lembrando que qualquer tecnologia que desvia o foco do motorista é perigosa. Aí são incluídos aparelho de DVD, GPS, computador de bordo, mp3 player com fones de ouvido… Digitar também é arriscado. “É uma série de tecnologias extremamente nocivas, que trazem prazer, mas podem fazer o sujeito encurtar a vida”, alerta.

Dica 

Um aplicativo para o celular ajuda o motorista a não falar ao celular enquanto dirige.

Com o “Mãos no Volante”, você programa o tempo de viagem e, durante o período, o celular fica bloqueado para receber chamadas.

No período programado, uma mensagem SMS é enviada para cada pessoa que liga para o celular do motorista avisando que ele está dirigindo. Quando a viagem termina, você recebe um aviso sobre as ligações perdidas.

O aplicativo é uma iniciativa do Ministério das Cidades, através do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes - Parada pela Vida.

O download é gratuito e está disponível apenas para smartphones com sistema Android (www.paradapelavida.com.br)

Fonte: O Povo

segunda-feira, 2 de junho de 2014

-VELOCIDADE MÁXIMA EM TODAS AS RUAS DE PARIS SER´PA REDUZIDA PARA 30kM/H.

Limite de velocidade
A prefeita recém-eleita em Paris, Madame Anne Hidalgo, anunciou uma proposta revolucionária para a mobilidade urbana local. O projeto pretende reduzir a velocidade máxima de toda a cidade para 30 km/h. Se aprovada, a medida deve tornar o trânsito na cidade mais seguro e sustentável.

As alterações nas legislações de trânsito parisienses têm sido feitas há anos, principalmente no que diz respeito à restrição de carros em algumas vias. Os registros mostram um aumento na quantidade de zonas restritas a pedestres e, desde 2013, muitas localidades já tiveram a velocidade máxima reduzida.

Tornar o tráfego de carros mais lento tem reflexos em diversos outros meios de locomoção. Um dos exemplos disso é que os ciclistas têm mais segurança para pedalar e, dessa forma, novos ciclistas tendem a aparecer. Além disso, ocorre a redução de acidentes fatais e a população se sente mais disposta a ocupar as ruas e até mesmo trocar o carro por outra opção de transporte.

Outros benefícios que essa mudança pode trazer são: redução na dependência de combustíveis fósseis, que na França é importado; diminuição da poluição; qualidade de vida; melhor acessibilidade às empresas e comércios locais.

Um estudo divulgado no início deste ano pelo site dinamarquês Copenhagenize, mostra que a redução da velocidade máxima das vias para 30 km/h reduz as chances de acidentes fatais para apenas 10%. Quando o limite de velocidade está em 50 km/h, o percentual sobe para 80%.

Para Eric Britton, especialista em economia social e fundador do site World Streets e do Journal of World Transport Policy and Practice, a decisão da prefeita foi uma importante iniciativa política. A proposta, nada conservadora, deve receber críticas de início, mas até o fim de seu primeiro mandato, Madame Anne Hidalgo pode ser capaz de fazer a mudanças necessárias para o aprimoramento da mobilidade urbana em Paris.