quinta-feira, 31 de julho de 2014

RACKS PARA BIKE: COMO USAR?

Rack para bikeQual limite de peso suportam os racks para bicicleta? Posso ser multado pela altura da bike? E por esconder a placa do veículo? Quando o assunto é colocar a magrela no carro e sair por aí para pedalar, essas são algumas dúvidas que afligem os motoristas e ciclistas. A Resolução 349, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), regulamenta o assunto e estabelece regras para o transporte. Nos casos em que a bicicleta é transportada na parte traseira do veículo e encobrir a placa, a resolução define a adoção de uma segunda placa de identificação, no lado direito da traseira do veículo e instalada no para-choque ou na carroceria. Esta placa, no entanto, precisa ser lacrada e fixada pelo órgão de trânsito do estado ou município.

Outras exigências também estão definidas, como a largura da bicicleta não ultrapassar a do veículo e os indicadores de direção, como luzes de freio e dispositivos refletores, não serem encobertos. Os racks da marca Pro-Series são destinados à parte traseira dos veículos e ajustáveis de acordo com seu formato, podendo ser posicionados perpendicularmente ao chão ou com uma angulação que varia entre 15 e 30 graus, o que é o suficiente para que a placa fique à mostra. E também possuem dispositivos refletores.

Quanto ao limite de peso, o rack de teto da marca Róla é indicado para o transporte de somente uma bicicleta, suportando, portanto, o peso da mesma. “O rack Róla deve ser instalado nas barras aplicadas ao longo da longarina do carro, utilizadas também para o transporte de bagageiros”, explica Alexandre Torres, coordenador de produtos da Cequent Performance Products no Brasil. Este é outro ponto definido pela resolução: a bicicleta poderá ser transportada em pé, já que, de acordo com a resolução, é considerada um item indivisível. Já os modelos Pro-Series, instalados na traseira dos veículos, comportam de uma a quatro bicicletas, sendo produtos específicos para cada quantidade.

Quando a questão é a altura, nenhum dos modelos expõe os motoristas a infrações e multas ou interferem na visibilidade dos mesmos. A engenharia do rack Róla demanda a remoção da roda dianteira da bicicleta para que o restante seja encaixado no garfo do rack. “Dessa maneira, a bicicleta fica bem baixa, tanto que o produto é indicado para carros de passeio e SUVs, inclusive”. Os racks de traseira, por sua vez, ficam abaixo da linha do retrovisor, o que não atrapalha a visão do motorista.

Os racks Róla e Pro-Series respeitam o padrão internacional de fabricação e todos são de fácil e rápida instalação. As ferramentas necessárias estão inclusas no kit do produto e não demandam perfuração.

Fique atento!

- Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de identificação é infração gravíssima, com multa e apreensão do veículo como penalidades;

- Transitar com o veículo arrastando a carga sobre a via é infração gravíssima com penalidade de multa;

- Transitar com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização, também é infração gravíssima sujeita a multa;

- Transitar com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando aferido por equipamento, representa infração média, com multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração de excesso de peso apurado.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

-O QUE PODE MELHORAR NOS CARROS E NO TRÂNSITO NO BRASIL.

Carros e trânsito no Brasil

Por uma infinidade de questões, de culturais à políticas, parecemos atrasados em alguns quesitos no segmento automotivo. Saiba o que poderia melhorar
Cada país tem sua cultura, inclusive automotiva. No Brasil, fatores históricos, econômicos, políticos, climáticos, além de inúmeras particularidades que regem nossa legislação, nos colocam no patamar atual, muitas vezes atrasado, se comparado a muitos países pelo mundo. Analisando somente o segmento de automóveis, iG identificou diversos pontos em que o mercado de veículos poderia evoluir (e muito!). Saiba quais são:
Pneus run flat
Por que é bom? Os pneus run flat são feitos de compostos especiais e possuem reforços nas paredes laterais, que fazem com que eles suportem a carga do veículo, mesmo sem pressão. Eles podem rodar sem ar por cerca de 120 km a uma velocidade de 80 km/h sem superaquecer. Além de poder rodar furados, liberam espaço no porta-malas, possibilitam melhor controle do carro em caso de perda de pressão e evitam que você pare para fazer a troca em um local inseguro, minimizando riscos de assalto ou acidentes.
Por que não tem no Brasil? Primeiramente, eles são caros, chegam a custar quase 60% a mais que um pneu normal. O fator preço, aliado ao pequeno volume de carros que utiliza este tipo de pneu no Brasil, faz com que os lojistas não invistam no estoque, ou seja, não é fácil encontrá-los no mercado. Outro problema que afasta os pneus run flat do asfalto brasileiro são os buracos. Mesmo com o flanco rígido, os run flat são vulneráveis a pancadas fortes. Caso o pneu faça uma bolha, por exemplo, libere o cartão de crédito e compre outro.
Estepe de emergência
Por que é bom? Ele também é conhecido como temporário ou provisório. Por ter dimensões bem menores que o original, ocupa bem menos espaço no porta-malas. Mais fino e com tipo de construção diagonal, o pneu de emergência vem calçado em uma roda de aço repleta de avisos em amarelo, que indicam para o motorista não ultrapassar a velocidade máxima de 80km/h. Além da limitação de velocidade, o pneu provisório muda drasticamente o comportamento do carro, “obrigando” o motorista a reparar o quanto antes o pneu avariado.
Por que não tem no Brasil? O estepe de emergência é comum há anos em uma infinidade de países do mundo, e, com a presença cada vez maior de veículos importados no Brasil, ele passou a ser inserido também em nossa realidade. No entanto, modelos fabricados no Brasil ainda não optam por este tipo de pneu reserva, pois na cabeça do brasileiro ele é não é vantajoso. O pneu reserva igual ao original é visto como “conteúdo” no automóvel, porque a ideia do consumidor é utilizá-lo no rodízio de pneus. Ou seja, o sujeito inclui o estepe no novo jogo e evita ter que comprar um novo. Uma falsa ideia de economia, uma vez que pode-se pagar caro por ela no futuro.
Eliminação da obrigatoriedade do extintor de incêndio no carro
Por que é bom? O Brasil é um dos únicos países que exigem que os carros estejam equipados com extintor de incêndio como um item de segurança. A obrigatoriedade existe desde 1972 e, segundo o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), os veículos já devem sair de fábrica equipados com o extintor, que é exigido ainda no licenciamento. Se o equipamento não estiver dentro das especificações, o motorista paga multa e perde pontos na carteira. Deve haver algum motivo para que os países desenvolvidos (como Estados Unidos e diversos da Europa e Ásia) não exijam seu uso, não? Sim, eles alegam que a probabilidade de incêndio em um carro novo é relativamente pequena.
Porque não é assim no Brasil? A não revisão de nossa legislação quanto ao uso do extintor nos lembra muito a tentativa (frustrada) da obrigatoriedade do kit de primeiros socorros para os veículos. Quem se lembra? O ato engordou um baita lobby e para o consumidor só representou ônus, já que em um acidente de verdade, alguns pacotes de gaze e esparadrapos junto a alguém sem treinamento não devem surtir muito efeito. Aliás, voltando ao incêndio, mesmo que nosso veículo pegue fogo, quem de nós está apto para combatê-lo?
Informação de trânsito em tempo real
Por que é bom? A grande maioria das pessoas que dirige diariamente nas grandes metrópoles utiliza algum aplicativo que as informa sobre as condições de trânsito em tempo real. Isso é tão certo quanto dizer que dois mais dois são quatro, afinal, todos querem uma rota para fugir do tráfego pesado. No entanto, a maioria dos carros que saem de fábrica com GPS ainda não disponibiliza este serviço integrado ao aparelho, obrigando os motoristas a fazer malabarismos com suportes para seus smartphones. Em outros países, os carros novos já vêm com o sistema de conexão à internet integrado e ainda contam com parcerias com apps como o Waze, por exemplo, facilitando muito a vida do motorista.
Por que não tem no Brasil? Um serviço desse tipo exige uma boa infraestrutura da rede de internet, que ainda anda atrasada no Brasil, além de uma extensa cobertura das empresas que prestam este tipo de serviço. Fatores externos que precisam ser combinados aos investimentos de montadoras, para que tornem viável a instalação de sistemas de entretenimento com GPS em modelos mais em conta. Utilizar o celular ainda sai muito mais barato do que adquirir um carro com o sistema, infelizmente.
Suspensão dos carros no Brasil é mais alta
Por que é assim? Neste tópico não estamos falando de carros rebaixados, longe disso, mas sim do trabalho que deve ser feito na suspensão de um veículo que será comercializado no Brasil - e todas as montadoras estão carecas de saber disso. Nossos carros saem de fábrica sempre um pouco mais altos do que o normal e a regra deve-se às péssimas condições do asfalto no País, cujas valetas, lombadas e buraqueira são um verdadeiro pesadelo para a vida útil de qualquer automóvel mais baixo.
Por que não pode ser diferente? Como dizem por aí, o buraco é literalmente mais embaixo, pois a resolução deste problema está ligada à questões políticas e de infraestrutura. Ou seja, em um país grande como o Brasil, onde há desvio de verba a cada obra pública, pode-se dizer que a recuperação da pavimentação não passa de um sonho distante.
Carro de passeio com motor a diesel
Por que é bom? O diesel é um combustível mais eficiente que a gasolina e o etanol, além de ser mais barato. Na Europa e até em países próximos ao Brasil, como Argentina e Chile, esse tipo de motor é utilizado em larga escala em carros de passeio, como um VW Fox ou Ford Focus. Esses veículos têm alcances muito superiores ao de similares a gasolina e também poluem menos.
Por que não tem no Brasil? O diesel no Brasil é subsidiado pelo governo para utilização em veículos comerciais, como caminhões e utilitários com tração 4x4. Para ser introduzido em carros convencionais, teria de haver uma mudança na lei e ainda evoluir a rede de abastecimento e também a qualidade do combustível, que ainda é muito “sujo” no País para ser usado dessa forma. Isso sem falar no temor de que o aumento da procura pelo diesel possa encarecer o já elevado custo do frete.
Sistema de socorro automático
Por que é bom? Imagine se acidentar em uma região remota, onde poucos carros passam. As chances dos ocupantes feridos a bordo serão maiores de acordo com a rapidez da chegada do serviço de atendimento. No exterior já existem empresas que oferece a donos de automóveis um serviço de chamado de emergência automático, que é acionado após uma batida com ativação de airbags.
Por que não tem no Brasil? Um serviço desse tipo exige certo entrosamento entre montadoras e autoridades, o que não acontece plenamente no Brasil. Não só isso, há também a questão dos custos, uma vez que o carro precisa receber toda uma aparelhagem de comunicação e rastreamento. No mercado brasileiro, a Volvo já oferece esse tipo de serviço e o novo Ford Ka vai adotar o recurso.
Estradas sem limite de velocidade
Por que é bom? Na Alemanha, além de ótimos carros, existem estradas com trechos sem limite de velocidade máxima, as Autobahns. Viajando em alta velocidade em uma estrada com engenharia de ponta, encurta-se viagens. Não só isso, também livra o motorista de se preocupar em frear ao passar por radares de fiscalização, o que aumenta a segurança.

Por que não tem no Brasil? Esse tipo de medida não é adotada no Brasil por uma série de fatores. Os principais são a falta de educação dos motoristas no trânsito e a péssima qualidade das estradas no Brasil, que inviabiliza o uso de carros em alta velocidade. Algumas rodovias do estado de São Paulo, como a Bandeirantes e Castelo Branco, teriam capacidade de suportar um fluxo assim, mas seria necessário um gerenciamento mais ativo para desligar os trechos sem limite em casos em que há algum problema à frente.
Postos de abastecimento sem frentista
Por que é bom? Na Europa e algumas partes dos Estados Unidos é o motorista do carro quem deve fazer que no Brasil é exclusiva dos frentistas. O próprio condutor pega a pistola de combustível e abastece o veículo e em seguida é só pagar na própria bomba com cartão de crédito. Esse processo agiliza o abastecimento e diminui o tempo de espera em filas.
Por que não tem no Brasil? No Brasil é comum ter postos que possuem mais bombas de combustível do que frentistas, por isso se formam filas e o tempo de espera, dependendo do horário, podem incomodar bastante quem tem hora marcada. O País ainda não está pronto para ter postos sem frentista e o motivo é a desconfiança. Há chance de haver golpes, infelizmente, é grande, sem contar aí o impacto negativo do desemprego iminente de milhares de pessoas.
Carros urbanos
Por que é bom? Diversas montadoras que atuam no Brasil já têm no exterior veículos que foram desenvolvidos focados no uso urbano. Eles são menores, mais leves, consomem pouco combustível e também são mais barato que veículos mais versáteis, como um hatch ou um sedã. O Smart Fortwo e a nova geração do Renault Twingo são alguns desses exemplos.
Por que não tem no Brasil? O consumidor ainda prefere andar em carros mais versáteis, não só pela praticidade mas também por causa do preço mais baixo. Desafiando a lógica, esses carros urbanos, que são muito pequenos, têm preços de carro grande no Brasil. Há, porém, veículos nacionais que ficam no meio termo, como VW up! e o novo Ford Ka.

Fonte: Mídia News

terça-feira, 29 de julho de 2014

-ALERTA SOBRE A UTILIZAÇÃO DE APARELHOS SONOROS NO PERÍODO ELEITORAL.


Carro no período eleitoralO Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) faz um alerta aos proprietários de veículos que desejam utilizar aparelhos sonoros durante o período eleitoral. De acordo com a legislação de trânsito, o equipamento de som não poderá ultrapassar a altura máxima de cinquenta centímetros.

A medida cumpre a resolução 349/2010 presente no artigo 5º do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) onde “as cargas, já considerada a altura do bagageiro ou do suporte, deverá ter altura máxima de cinquenta centímetros e suas dimensões, não devem ultrapassar o comprimento da carroçaria e a largura da parte superior da carroçaria”.

Segundo o Chefe de Serviço de Vistoria do Detran/AL, José Carlos Avelino, a resolução condiz ao transporte eventual de cargas no veículo. Destacando que durante o período eleitoral muitos proprietários utilizam equipamentos de som para realizar campanhas.

O condutor que for abordado na fiscalização e estiver ultrapassando a altura máxima permitida será penalizado e autuado por cometer uma infração de natureza grave no valor de R$ 127,69. Além da inclusão de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo para regularização.

Durante o período eleitoral serão realizadas fiscalizações em diversos pontos da capital e do interior pelos órgãos de trânsito competentes.      

Com informações da Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ACIDENTES COM ELEMENTOS FIXOS: COMO EVITAR?

 Acidentes com elementos fixos

Geralmente graves, devido a brusca desaceleração, acidentes com elementos fixos como cabeceiras de pontes, veículos ou equipamentos estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de proteção, barrancos, muros, etc, podem resultar em ferimentos severos e até a morte dos ocupantes do veículo.

Dentre as causas deste tipo de acidente podemos citar: perda de controle do veículo por defeito na pista ou por deficiência na suspensão, pneus estourados, descalibrados ou em mau estado. “Por esse motivo é muito importante que o veículo esteja sempre com a revisão em dia, pois a manutenção de determinados itens, como os pneus e a suspensão, são fundamentais para a segurança no trânsito”, afirma Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.

A falta de visibilidade e a chuva também podem ocasionar esse tipo de colisão. Porém, hoje em dia muitos acidentes acontecem por distração do motorista. Segundo um estudo do Departamento de Engenharia de Transportes da USP São Carlos (SP), só para dar uma espiada rápida em uma mensagem  de texto, por exemplo, é preciso desviar o olhar por pelo menos dois segundos. Se o carro estiver a 100 quilômetros por hora, o motorista vai andar pelo menos 54 metros às cegas. E se encontrar um elemento fixo no caminho, pode não haver tempo para desviar.

E não é só o celular que causa distração ao motorista. Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) apontam que outras ações como acender um cigarro ou procurar um objeto na carteira também desviam a atenção do motorista.  “Motoristas desatentos demoram mais para reagir diante de um imprevisto, às vezes mais até do que um motorista  embriagado”, diz Mariano. 

Segundo o especialista, evitar acidentes com elementos fixos não é uma tarefa complicada. “O motorista não deve insistir em dirigir quando estiver apresentando sinais de cansaço ou indisposição, além disso, é importante manter a atenção ao volante e redobrá-la diante de condições adversas”,

sexta-feira, 18 de julho de 2014

-EQUIPAMENTO OBRIGATÓRIO X USO OBRIGATÓRIO DO EQUIPAMENTO.

Equipamento obrigatórioHá uma distinção que merece ser feita com relação aos equipamentos obrigatórios do veículo, e dos equipamentos de uso obrigatório.  Num primeiro momento podem parecer a mesma coisa, e é sobre essa diferença que passaremos a discorrer.

Os equipamentos obrigatórios dos veículos são aqueles relacionados no Art. 105 do Código de Trânsito e na Res. 14/98 do CONTRAN.  São os equipamentos que os veículos, conforme suas características,  necessariamente devem não apenas possuir, mas também devem estar em funcionamento e ser eficiente, sob pena do cometimento da infração prevista no Art. 230, IX do Código de Trânsito Brasileiro.  Assim, não basta que o veículo possua velocímetro, por exemplo, mas ele deve estar em funcionamento. Da mesma maneira não basta que o veículo possua o equipamento obrigatório se este não estiver de acordo com os critérios estabelecidos pelo CONTRAN, e nesse caso a infração é do mesmo Art. 230, em seu inciso X, como por exemplo faróis que não sejam das cores branca ou amarela.  Ambas infrações de natureza grave e de responsabilidade do proprietário do veículo.

Dos equipamentos obrigatórios, nem todos são de uso obrigatório, e alguns somente em determinadas situações.  Os pneus por exemplo, não vislumbramos forma de deslocamento com o veículo que não seja através da utilização dos pneus, que são equipamentos obrigatórios em boas condições.  Na verdade esse exemplo é de  uma obrigatoriedade física e não legal como é o caso do cinto de segurança, que além de ser equipamento obrigatório seu uso, por imposição legal, é também obrigatório, em qualquer circunstância de deslocamento do veículo.  O limpador de pára-brisa é equipamento obrigatório do veículo e é de uso obrigatório sob chuva (Art. 230, XIX), enquanto o lavador de pára-brisa não é de uso obrigatório nem quando o pára-brisa estiver sujo.  Os espelhos retrovisores são uma piada à parte, pois são equipamentos obrigatórios mas ninguém precisa utilizá-los obrigatoriamente, podendo realizar manobras de marcha ré ou mesmo deslocamentos laterais contorcendo-se no assento, ou ainda usá-lo para ajeitar o cabelo (que não é nosso caso devido à escassez), que não haverá autuação. Outro equipamento que possui uma peculiaridade é o capacete, pois ele não é equipamento obrigatório do veículo, senão teria que vir acoplado na moto ou vendido de forma ‘casada’, pois é um equipamento de uso obrigatório pelos ocupantes da moto sem ser equipamento obrigatório da moto!

terça-feira, 15 de julho de 2014

-A CORRUPÇÃO NO PROCESSO DE HABILITAÇÃO AINDA EXISTE.

Processo de habilitaçãoÉ possível que mesmo antes de iniciar a leitura do post, muitos questionem em tom irônico no que será que não existe corrupção no Brasil. Mas, entre concordar, anuir e praticar a corrupção existe uma enorme diferença pautada pelo caráter e pela conduta.

Infelizmente, a corrupção nos exames de direção ainda existe sob diversos nomes: “quebra”, propina, “tuf” e outras denominações que envergonham ainda mais um processo de formação de condutores que já é pautado por poucas horas práticas, pela memorização e adestramento que ensina a executar movimentos decorados que roubam a autonomia do futuro condutor e não lhes prepara para dirigir sozinhos depois de habilitados.

No contato e convivência diária com candidatos e recém-habilitados de todo o Brasil em minhas páginas nas redes sociais como parte do trabalho de Educação Para o Trânsito online (EPTon), praticamente não existe um dia em que alguém não denuncie ou comente este tipo de oferta criminosa: pagar propina para ser aprovado no exame de direção.

A orientação é sempre a mesma: denuncie ao Detran do seu estado e se as denúncias caírem em ouvidos surdos, denuncie ao Ministério Público. Usar o gravador de voz ou a câmera do celular quando estiver conversando fora do carro com o corrupto para acertar os detalhes do pagamento de propina é um prato cheio para algum jornalista investigativo da imprensa local.

Em suma, a orientação é: denuncie! Faça qualquer coisa, mas não alimente a corrupção nos exames de direção.

Já se reclama tanto que 20 horas é pouco para ensinar a dirigir, que o candidato é quem tem falhas na educação que recebeu em casa e que não é obrigação do instrutor educá-lo, que tem problemas sérios de concentração, de dificuldades para aprender e tantas outras, e ainda querem transformar a habilitação comercializada na base da propina em um vale-acidente?

Sempre digo aos candidatos: seja lá quem for que te proponha pagar propina para passar no exame de direção não está nem aí com você, com a sua segurança e se algo de pior for provocado não vai te mandar nem uma coroa de flores como pesar por um acidente que ajudou a provocar.

Isso sem falar em outras formas de corrupção diárias que a mídia não cansa de denunciar, tais como a fraude dos dedos de silicone, ministrar menos aulas do que o cobrado e até o absurdo de não cumprir com o cronograma de aulas e conteúdos para candidatos que afirmam que já sabem dirigir e só iniciaram o processo porque não tem outro jeito de conseguir a CNH.

Ou ainda aquelas formas de corrupção divulgadas abertamente em redes sociais em forma de anúncio ou de pedido de um profissional que empreste ou venda seu nome e suas credenciais apenas para assinar documentos.

Conheço profissionais maravilhosos que levam a profissão de ensinar a dirigir a sério, que se orgulham de estar na área há tanto tempo ou mesmo começando, e mesmo que não se possa generalizar, quem é do meio sabe (tanto quanto aquele que a pratica) que a corrupção existe. Negá-la é hipocrisia e tentar defendê-la pelo corporativismo é faltar com o compromisso ético e moral para consigo mesmo, para com os futuros condutores e para com a sociedade.

A corrupção no processo de habilitação existe, entristece quem trabalha sério e exige ainda mais dos que não concordam com ela. Existe e é uma banda podre que ronda o tempo todo para se manifestar na primeira oportunidade.

Não é novidade que os acidentes de trânsito no Brasil constituem problema de saúde pública com status de epidemia ou que registram mais mortes por ano do que o câncer, as doenças cardiovasculares e as guerras no mundo.

Dizer que o que morre de gente no trânsito equivale à queda de um avião da Malaysian Airlines por dia ou que dá para lotar os 12 estádios da Copa parece que não sensibiliza mais ninguém.

Constatar que milhares de condutores que acabaram de sair da autoescola se envolvem em acidentes todos os dias, desde um retrovisor arrancado até os mais graves que resultam em sequelas permanentes e mortes, parece que é visto como natural e é até esperado.

É claro que o processo de habilitação não garante prática, perícia e habilidade, até porque isso vem com os treinos e o aperfeiçoamento do ato de dirigir por parte do condutor recém-habilitado. Aliás, é uma das maiores injustiças que se comete contra o CFC e seus profissionais cada vez que se cobra perícia de condutor novo.

Mas, o fato é que a maioria expressiva dos condutores que saem dos CFC’s não aprendeu o básico, o mínimo para que possam dirigir sozinhos e com segurança ou, pelo menos, com as noções mínimas de controle e domínio do veículo para aperfeiçoar o ato de dirigir.

Agora, imaginem com todas essas dificuldades ainda se cobrar propina para habilitar um cidadão que não vai saber o que fazer no trânsito, que não tem domínio do próprio veículo e vai, certamente, potencializar ainda mais o risco de acidentes.

Sinceramente, eu não quero acreditar nessas profecias de que todo mundo é corrupto no Brasil ou de que as coisas não têm mais jeito nem conserto. Eu não quero acreditar que a maior preocupação seja em preparar o candidato para passar no exame de direção ou em diminuir os índices de reprovação dos CFC’s.

Você conhece um joio no meio do trigo? Denuncie e ajude a tirar essa laranja podre ainda verde ou já madura do cesto.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

ACIDENTE EM CRUZAMENTOS: COMO EVITAR?

Acidentes em cruzamentos

Mais de 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas, segundo especialistas. Os que acontecem em cruzamentos não fogem desta regra, pois a causa da maioria é a desobediência à sinalização, uma vez que um dos motoristas não parou no semáforo ou diante da placa PARE (que determina a via preferencial). “Acidentes que ocorrem nesta condição geralmente são causados por distração do motorista, ou até mesmo por uso de álcool ou outras drogas”, diz Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.

De acordo com estudos, dos acidentes de trânsito ocorridos nas grandes cidades, em média, 35%, são relativos à colisão transversal (em cruzamentos). A maioria dos cruzamentos com alto índice de acidentes tem algumas características em comum: locais de grande fluxo, com sinalização e semáforos, alguns com a presença da fiscalização eletrônica, poucos com tempo exclusivo para pedestres.

Como a grande maioria dos acidentes de trânsito, aqueles que ocorrem em cruzamentos também podem ser evitados, desde que o motorista obedeça à sinalização e esteja atento a tudo o que ocorre ao seu redor. Mesmo tendo a preferência diante do cruzamento, ter atenção é fundamental. 

Outra situação corrente e que pode causar acidentes é o ponto-cego em cruzamentos. Carros estacionados, muros e objetos na via podem atrapalhar a visibilidade do motorista. “Sempre que o motorista ficar em dúvida diante do cruzamento, ele deve parar para não se arriscar”, explica Mariano.

Cruzamentos não sinalizados

Em muitas vias brasileiras não existem semáforos e nem placas de sinalização que determinem a preferência no cruzamento. Nesse caso, o motorista que se aproximar da intersecção, deve redobrar a atenção. “Sempre que não houver sinalização, a preferência, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é de quem se aproxima pela direita”, esclarece Mariano.

Cruzamentos com vias férreas

Caracterizados por imprudência dos condutores , os acidentes em cruzamentos com linha férrea são muito mais frequentes do que se pode supor e quando ocorrem, as consequências geralmente são gravíssimas. “Cruzamentos com vias férreas exigem parada obrigatória, não é à toa aquela sinalização toda antes de trilhos de trens”, justifica Mariano.

A América Latina Logística (ALL), empresa responsável pelas ferrovias brasileiras, ressalta que a consciência e a atenção da população são fundamentais na hora de transpor a linha férrea. Neste sentido, a empresa realiza periodicamente campanhas de orientação e conscientização de trânsito. Essas ações vão ao encontro de uma das principais preocupações da ALL, que é a de evitar acidentes envolvendo veículos ou pedestres.

Dicas de segurança

Celso Alves Mariano dá outras dicas de segurança para quem se aproxima de cruzamentos:

- Respeitar a sinalização e diminuir a velocidade;

- Indicar manobras com antecedência;

- Somente cruzar a via com segurança;

- Cuidar com os procedimentos de conversão, principalmente à esquerda.

- Dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados.

- Prestar atenção redobrada na hora de transpor a linha férrea e lembrar sempre que o trem não pode parar da mesma forma que você.

- Não ultrapassar no cruzamento ou em suas proximidades.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

-AGENTE DE TRÂNSITO PODERÁ RECEBER ADICIONAL POR PERICULOSIDADE.

Agente de trânsito

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6456/13, do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que inclui a categoria de agentes de trânsito e transportes entre as atividades consideradas periculosas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O projeto altera a CLT, que prevê adicional de periculosidade de 30% sobre o salário para essas atividades.

“Os agentes municipais estão constantemente expostos ao perigo proveniente de acidentes de trânsito, à medida que atuam entre os carros, ou em cruzamentos, ou em estações de passageiros, dentre outros locais perigosos”, justifica Teixeira. “Isso já levou a óbito diversos agentes, por atropelamento e colisões”, complementa.

Segundo o deputado, atualmente a categoria contabiliza a média de 15 mortes por ano – número proporcionalmente superior às vítimas nas Forças Armadas e na Polícia Militar.

Tramitação
De caráter conclusivo, o projeto será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara

terça-feira, 8 de julho de 2014

-COLISÕES TRASEIRAS - REFLEXÕES.

Colisão traseira

Colisão traseira ainda é um tipo de acidente de trânsito que muito ocorre, e que por vezes pode não se limitar a meros danos materiais nos veículos envolvidos, com sérios riscos de lesões cervicais nos ocupantes dos veículos pelo efeito chicote que pode ser causado pelo impacto.  A primeira conclusão é de quem bate atrás é o culpado, e realmente é do ponto que entendemos que se deva partir pela distância de segurança que deve ser mantida pelo que estabelece o Art. 29, II do CTB. Parte-se do pressuposto que aquele que segue atrás é o responsável, mas as obrigações de quem segue a frente não devem ser descartadas.

Pelo Art. 43 do CTB o condutor deve regular a velocidade do veículo conforme as condições da via, não obstruindo o fluxo de forma injustificada e em velocidade anormalmente reduzida, devendo indicar de forma clara e com antecedência a intenção de reduzir a velocidade.  Ressalta ainda o dispositivo que nessa redução ele antes deve certificar-se que pode fazê-lo sem riscos para os demais, a não ser no caso de perigo iminente.  O Art. 42 do CTB determina de forma imperativa que nenhum condutor deverá frear bruscamente o veículo, salvo por razões de segurança.

Nota-se portanto, que obrigações de cautela são devidas tanto por quem segue atrás quanto quem vai a frente. Enquanto um deve manter-se a distância segura, o outro também deve estar atento a quem segue atrás.  Há que se reconhecer que num fluxo intenso e conturbado ambas as obrigações são de difícil cumprimento, tanto de uma distância razoável quanto de indicar a diminuição com antecedência. Simplesmente freia-se.  Destacamos que a única justificativa para uma frenagem brusca, e pelo não cumprimento de sinalizar com antecedência é em situações de perigo, ou seja, quando algo ou alguém obriga o veículo da frente a promover a frenagem brusca.  Só que se a situação de perigo iminente legitima quem segue a frente a promover uma frenagem brusca, poder-se-ia entender que ela também isenta quem segue atrás de responsabilidade única pelo evento danoso, já que a distância de segurança é pressuposta para situações normais, tal qual a sinalização antecedente de diminuição.  Poder-se-ia em última análise concluir que esse elemento externo que não o veículo de trás nem da frente é que pode ou deve ser responsabilizado, uma vez que seu ato teria sido capaz de causar a exceção ao cumprimento das regras, geralmente para justamente proteger esse elemento.

terça-feira, 1 de julho de 2014

-GM OFERECERÁ US$ 1 MI PARA VÍTIMA DE ACIDENTE POR DEFEITO NA IGNIÇÃO.

Recall da GMMontadora também se predispôs a pagar US$ 300 mil para os cônjuges que sobreviveram

A General Motors (GM) oferecerá 1 milhão de dólares para cada vítima fatal de acidentes relacionados à falha na chave de ignição, que resultou no recall de 2,6 milhões veículos. Segundo as condições estabelecidas pelo fundo de indenização e anunciadas pelo advogado da montadora, Kenneth Feinberg, a empresa também propõe o pagamento de 300 mil dólares para os cônjuges sobreviventes e a mesma quantia para o responsável por cada vítima do acidente, além de compensações financeiras e tratamento médicos para aqueles que sofreram algum tipo de lesão. 

recall aconteceu somente dez anos após a identificação da falha na chave ignição, que pode ser alterada da posição "mover" e afetar a direção hidráulica, freios e airbags dos veículos. A GM relatou treze mortes em acidentes vinculados ao problema, mas funcionários do governo norte-americano acreditam que o número de vítimas fatais pode ser ainda maior. Com isso, a montadora atualmente passa por uma investigação devido à demora convocar os veículos com risco, mesmo tendo conhecimento da situação há dez anos. 

Segundo a GM, reclamações podem ser apresentadas entre 1 de agosto a 31 de dezembro. No início de junho, a empresa admitiu que atuou de forma inaceitável, com incompetência e negligência, após funcionários da montadora ocultarem a falha em milhões de veículos. "Durante mais de uma década, o pessoal da GM falhou em buscar, compartilhar ou coletar conhecimento, e esse fracasso teve graves consequências", informou a companhia em relatório.

Fonte: Revista Veja