Motoristas profissionais e amadores devem ficar atentos aos primeiros sinais indicativos que o motor do caminhão ou do automóvel está no final de sua carreira. Circular com o veículo em condições inadequadas pode causar grande prejuízo ao bolso dos consumidores

Perda de potência, ruídos e fumaça podem ser indícios que o caminhão está com o motor “cansado”. “Um dos principais sinais de desgaste é a perda de potência. Já a fumaça pode ser proveniente da injeção eletrônica, mas a fumaça mais escura saindo do escapamento pode ser desgaste de anéis”, afirma José Arnaldo Laguna, presidente do Conselho Nacional de Retíficas (Conarem). Indicativos, que segundo Laguna, são facilmente observados pelos profissionais que vivem dentro da boleia do caminhão, já tão acostumados com a performance do veículo. No caso dos motoristas de automóveis que, geralmente, não têm tanta experiência, é mais dificultoso identificar a deterioração do motor. “Já vi automóveis circulando nas ruas com um barulho considerável e o motorista insistindo em guiar nestas condições”, comenta o presidente da entidade, alertando: “Às vezes, acaba fundindo o motor do carro e o prejuízo é grande”.

Ruídos na motorização indicam que o veículo está com algum problema. “Pode estar “batendo o pino”, como diria nossos pais. E isto é muito sério porque começa a “castanhar”, o que eleva a temperatura no cilindro e fura a cabeça do pistão”.

A recomendação é ao ouvir um ruído parar imediatamente o veículo e consultar um profissional. Rodar com o automóvel ou caminhão nestas condições pode danificar ainda mais o motor. A escolha da retífica é uma questão importante para garantir um serviço de qualidade. “Retificar é um processo de usinagem de alta precisão nas peças internas do motor.

Portanto, é fundamental selecionar a empresa que executará o serviço já que deverá ter equipamentos apropriados para cada operação e instrumentos de precisão com medição aferida periodicamente em laboratórios especializados”, ressalta Laguna.

O Conarem elaborou um processo de auditoria onde se faz um levantamento da organização, estrutura, qualidade do pessoal, principalmente, dos processos produtivos da retífica, que deve se basear na norma NBR 13032 da ABNT. “Aconselho os consumidores a ler a norma e verificar se a empresa tem estes requisitos para executar o serviço”, diz Laguna.

No site do Conarem (www.conarem.com.br), há retíficas credenciadas à rede nacional, que garante atendimento em todo o País. “Em qualquer região que apresentar anormalidade no motor, imediatamente poderá ser atendido por um associado da rede”, finaliza.

Conarem

Criado em 1998, o Conarem – Conselho Nacional de Retíficas de Motores, teve início como a primeira câmara especializada do Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo. Com a evolução dos trabalhos e a necessidade de representar as empresas de retificas, o Conarem se tornou uma entidade nacional voltada para atender às necessidades da área de serviços de motor e garantir o desenvolvimento do setor. Órgão de representação nacional, a entidade possui 350 empresas associadas em todo o País, sendo que 150 fazem parte da rede nacional de retíficas.

A entidade, que congrega as principais associações estaduais ARERGS e ARESC e trabalha em parceria com os sindicatos estaduais (Sindirepas de SP/RS/SC/MG/ES/GO/MT/RO/BA/PE), oferece treinamentos específicos para retificadores, palestras técnicas gratuitas para os reparadores de veículos e também possui um banco de dados, normas técnicas e orientações para consulta, além de seu site servir como fonte de informações para o mercado motor.