Amortecedores de carros foram feitos para durar, em média, 40 mil quilômetros. Mas isso pode variar bastante, para mais ou para menos, conforme o uso do veículo. Se você circula com seu carro praticamente o tempo todo em estradas de chão ou esburacadas, prepare-se para trocar as peças bem antes dessa quilometragem. Automóveis que rodam apenas em vias bem pavimentadas tendem a apresentar menor desgaste.

A durabilidade dos amortecedores está diretamente ligada ao número de vezes que ele abre e fecha. Testes realizados pela Monroe em vários tipos de piso mostraram que, em média, um amortecedor se movimenta 2,6 mil vezes aproximadamente por quilometro rodado. Fazendo uma projeção de 40 mil quilômetros de uso, significa que os amortecedores se movimentariam cerca de 104 milhões de vezes durante o seu trabalho em pistas boas, intermediárias e ruins. Porém, se o automóvel rodar somente em estradas ruins ele vai se movimentar mais vezes e terá vida útil menor.

Por isso, a recomendação para quem anda em estradas ruins é diminuir a velocidade. Assim, a peça se movimentará menos e terá menor desgaste, explica Juliano Caretta, coordenador de Treinamento da Monroe. Ele destaca ainda a importância de fazer vistorias nas peças a cada 10 mil quilômetros ou a cada seis meses. É fundamental ainda observar as demais peças da suspensão. Qualquer defeito ou folga pode sobrecarregar o amortecedor e compromete a vida útil da peça.

Os testes da Monroe mostraram ainda que amortecedores com 50% de desgaste aumentam a distância de frenagem em até 2,6 metros, a uma velocidade de 80 km/h.

Além disso, peças com apenas 50% de eficiência podem aumentar em 26% o cansaço do motorista.

Fonte: Terra.com.br