quinta-feira, 31 de maio de 2012

-DEFINIDO O TEMA DA SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO 2012.

O tema a ser trabalhado é “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida”
Dando continuidade às ações da Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, proclamada pela Organização das Nações Unidas em 2010, o Conselho Nacional de Trânsito definiu o tema da Semana Nacional de Trânsito de 2012.
Atualmente cerca de 2 milhões de pessoas morrem por ano, vítimas da violência no trânsito, e o número de feridos é ainda mais alarmante. Levando em conta que dois dos principais fatores que influenciam no crescimento da taxa de mortalidade no trânsito são a relação “comportamento e segurança dos usuários” e o excesso de velocidade, e os relatórios internacionais sobre acidentes de trânsito, o Contran definiu o tema da Semana Nacional de Trânsito 2012 como: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida”.
A velocidade é tema inédito na semana nacional, e o principal foco é a conscientização de jovens entre 18 e 25 anos, considerados o grupo mais vulnerável e de maior exposição ao risco de acidentes de trânsito. Para traçar e realizar as ações o Contran definiu como prioridade a necessidade de unir esforços intersetoriais, visando a redução dos acidentes de trânsito.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

-FALTA DE MANUTENÇÃO DAS MOTOCICLETAS CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DE ACIDENTES.

De acordo com o gerente, Edson Carlos de Lima a maioria das pessoas utiliza a moto como uma forma de economia de combustível, pois a média para encher o tanque de uma motocicleta é de cerca de R$ 10 enquanto a média de um carro popular é de R$ 120. “Mesmo as pessoas que tem carro preferem usar a moto para economizar no combustível, o problema é que nesta busca por economia acabam se esquecendo de fazer cuidados básicos”.
Revisão e manutenção
Uma revisão deve ser feita obrigatoriamente a cada três meses para que possa ser identificado problemas mecânicos e peças que precisem ser trocadas e que pode colocar em risco a segurança do condutor. “Com o tempo as peças desgastam, como em qualquer veículo, e a revisão serve para identificar essas peças”, afirmou Edson.
Os preços para tal serviços variam de R$ 50 a R$ 70, dependendo do local. Alguns pontos devem ser constantemente observados, como os pneus, os freios, o óleo e a transmissão.
Manutenção da moto
Corrente – Uma vez por semana ou a cada 500 quilômetros rodados, lubrifique a corrente para evitar o desgaste excessivo.
Freios – Verifique e ajuste a folga dos manetes e pedais de freios. Fique atento quanto à lubrificação e também aos ruídos dos freios, que podem indicar pastilhas gastas ou outros problemas.
Pneus – Para calibragem correta, verifique a recomendação do manual do veículo. Recomenda-se menos calibragem para viajar e calibragem total para andar na cidade. Procure sempre trocar os pneus em máquina de montagem, especialmente se for rodas raiadas. Após trocar, tome cuidado com as primeiras voltas, pois os pneus que vêm de fábrica contêm uma camada de cera escorregadia. Pneus de motos populares podem durar até 30 mil quilômetros rodados.
Parafusos – A alta vibração provocada na motocicleta tende a afrouxar os parafusos da carenagem. Sempre que lembrar, verifique os parufusos e deixe a moto ajustada.
Óleo do motor – Existem óleos que têm capacidade maior de duração, mas, em média, para as motos mais populares, recomenda-se o uso do óleo sintético e a troca dele a cada mil quilômetros rodados. Se perceber sons estranhos no motor, verifique o nível do óleo, que pode estar abaixo do recomendado.
Tanque cheio – Se estiver viajando, use de vez em quando gasolina aditivada para descarbonizar o motor e limpar as partes móveis. No dia a dia, se for possível, mantenha sempre o tanque cheio para evitar a formação de gotículas na parte superior do tanque, que formam ferrugem e provocam oxidação.
Bateria – No mínimo uma vez a cada seis meses, verifique o nível da água da bateria. Alguns indícios na parte elétrica, como farol enfraquecido ou descontrole da seta, podem ser sinais de que a bateria está fraca ou quase pifando.
Pezinho – Se for deixar a moto por mais de três dias parada, recomenda-se utilizar o descanso central em vez do descanso lateral.
FONTE: FatimaNews

terça-feira, 29 de maio de 2012

-COMISSÃO DEBATE COBERTURA DE TELEFONIA CELULAR NAS RODOVIAS FEDERAIS.

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática realiza hoje audiência pública para debater o Projeto de Lei 465/11, que torna obrigatória a cobertura da telefonia celular ao longo das rodovias federais. Esse projeto já foi aprovado na Comissão de Defesa do Consumidor.
A iniciativa do debate é do deputado Augusto Coutinho (DEM-PE). Segundo dados estatísticos oficiais, citados pelo parlamentar, desde 2003, o número de celulares é maior que o de fixos em quase todos os estados.
Augusto Coutinho observa, no entanto, que esses dados “não se refletem no grau de cobertura da telefonia celular no Brasil, que é caracterizada por extensas áreas dos municípios e localidades distantes dos grandes centros urbanos sem o sinal de telefonia móvel.”
Sem cobertura
Coutinho também afirma que a maior parte das estradas federais está sem a assistência de cobertura da telefonia celular – uma situação incompatível com as grandes distâncias que caracterizam o Brasil e com o grau de evolução da tecnologia de comunicação.
O deputado ressalta que as exigências contratuais de cobertura do Serviço Móvel Privado (SMP) consideram atendidos os requisitos de abrangência quando o sinal está disponível em 80% da área urbana do município, deixando de fora, portanto, as estradas federais localizadas, na maioria dos casos, nas áreas rurais.
Foram convidados para a audiência:
- o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Salvadori Matinhão;
- o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy;
- o superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno de Carvalho Ramos.
A audiência está marcada para as 14h30, no Plenário 13.
FONTE: Agência Câmara de Notícias

sábado, 26 de maio de 2012

ACIENTES DE TRÂNSITO: IMPRUDÊNCIA OU FALTA DE CONHECIMENTO DAS LEIS?

Os acidentes de trânsito não são mais novidades para os brasileiros, que diariamente se deparam com a imprudência de motoristas despreparados e que desrespeitam as leis ou nem mesmo as conhecem.
O índice elevado de acidentes com carro, motos e atropelamentos nos levam a alguns questionamentos como: será que os brasileiros conhecem todas as leis de trânsito? O procedimento aplicado nas auto-escolas é suficiente para formar condutores exemplares?
Para esclarecer estas e outras questões, o SRZD conversou com o professor e autor do livro “Código de Trânsito Brasileiro Comentado”, Celso Luiz Martins, que falou sobre o que as auto-escolas deveriam aplicar para obter sucesso na formação dos motoristas e o que fazer para diminuir o número de acidentes no país.
Segundo ele, o Detran precisa reavaliar o processo de ensino, já que o conteúdo oferecido é incapaz de promover uma boa análise e entendimento do aluno, o que, consequentemente, vai resultar em um motorista despreparado.
“Como estratégia de ensino teórico nas auto-escolas, seria interessante a aplicação de avaliações, com objetivo de despertar o aluno de sua capacidade de aprendizado, onde seriam cobrados conhecimentos das normas de segurança e identificação da sinalização viária. As avaliações promovidas pelos Detran, quando do exame de habilitação não são elaboradas de forma a realmente verificar a aptidão teórica dos candidatos”, disse.
Celso destacou a importância e a necessidade de rever, também, o processo de avaliação do exame de aptidão física e mental. Segundo ele, o processo de renovação da habilitação é ainda pior. “Devemos lembrar que quando o poder público habilita um condutor que não satisfaça às condições de aptidão física e mental, se torna também, responsável por acidentes que esta inaptidão possa ter dado causa”.
O professor ressaltou que é comum encontrarmos, em algumas regiões, condutores sem habilitação que desrespeitam as normas de trânsito, como motociclistas transitando sem capacete. “Desconhecem esses condutores as normas de trânsito? Não. São, sim, irresponsáveis. O mesmo ocorre nos grandes centros urbanos, onde convivemos com o trânsito e sabemos o que é certo e o que é errado”.
Como diminuir os acidentes de trânsito?
Celso afirmou que a melhor maneira de diminuir o absurdo índice de acidentes de trânsito é exigir do poder público maior responsabilidade em conceder habilitação e aumentar a fiscalização. Mais do que isso, o professor destaca a necessidade da revisão do capítulo de crimes de trânsito do Código de Trânsito.
“Não é possível, por exemplo, pensarmos em detenção de 2 a 4 anos para quem provoca homicídio na direção de veículo automotor estando sob influência de álcool ou excedendo o limite de velocidade. Será que esse motorista não sabe que não pode dirigir dessa forma? Sabe, mas é irresponsável”, disse. “Se faz necessário determinar os limites entre crime culposo e crime crime doloso no trânsito”, completou.
A conclusão que o especialista chega sobre a realidade dos acidentes de trânsito nas ruas e estradas brasileiras é que “o desrespeito às normas de trânsito é consequência muito mais da irresponsabilidade do que do desconhecimento do Código de Trânsito Brasileiro”.
FONTE: SRZD

sexta-feira, 25 de maio de 2012

-SAIBA COMO CANCELAR COMPRA DO CARRO ZERO COM IPI CARO.

Consumidores que fecharam a compra do carro zero antes da redução do IPI (Imposto para Produtos Industrializados) pouco antes do anúncio do governo, na última segunda-feira (21), correram às concessionárias para tentar cancelar a compra. No entanto, a desistência só vale nos casos em que a nota fiscal ainda não tenha sido emitida em nome do comprador, alertam especialistas.
A desoneração tributária somada aos descontos sobre os preços de tabela prometidos pelas montadoras permitem que os carros populares fiquem quase 10% mais baratos. Quem pagou R$ 31 mil em um veículo recentemente viu o preço cair, do dia para noite, para R$ 28,8 mil. Porém, para recuperar a diferença, o consumidor vai depender do bom senso do lojista.
Em muitos casos, como explica o Cenofisco (Centro de Orientação Fiscal), a nota fiscal ainda não foi emitida e, assim, é possível pedir um novo documento já com o desconto. É a situação de quem ainda espera os trâmites burocráticos, embora já tenha assinado o contrato, afirma o especialista tributário da entidade, Sebastião Guedes.
— A concessionária tem que ter o bom senso, até que o carro esteja nas mãos do cliente, entre todo o processo burocrático, de renegociar o benefício fiscal. Em alguns Estados, o consumidor tem o direito de cancelar a nota fiscal eletrônica dentro do período legal. Se passou do prazo, a loja poderia negociar a diferença em acessórios ou outros serviços.
A jornalista Géssica Rodrigues, comprou um carro de R$ 58,5 mil exatamente no dia em que o governo divulgou a desoneração do IPI. O benefício valeria no dia seguinte e ela conta que ficou desesperada com o prejuízo.
— Lembrei que o carro ainda não havia sido faturado e, portanto, eu conseguiria baixar o valor inicial. Conversei com a concessionária para que refizesse as contas, considerando o desconto. Recebi uma reposta positiva e, então, estou confiante que terei o IPI reduzido.
FONTE: Trânsito Manaus

terça-feira, 22 de maio de 2012

-PROJETO ISENTA MOTOBOYS E MOTOTAXISTAS DE IPI NA COMPRA DE MOTO.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3171/12, do deputado Laercio Oliveira (PR-SE), que estende a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) às motocicletas de fabricação nacional, com até 125 cilindradas de potência e movidas a combustíveis de origem renovável.
Segundo a proposta, poderão se beneficiar da isenção, na compra desses veículos, cooperativas e motociclistas profissionais que utilizem moto própria para transportar passageiros, cargas e mercadorias.
Deficientes
Se aprovada, a medida também se aplicará à compra de veículos adaptados para pessoas com deficiência física que exerçam essas mesmas atividades. Em qualquer caso, a isenção só poderá ser utilizada uma vez a cada dois anos.
O projeto acrescenta as novas regras à Lei de Isenção do IPI (Lei 8.989/95). “A medida tem o objetivo de gerar mais empregos e facilitar a aquisição de um bem essencial ao trabalho desses profissionais”, observa Laercio Oliveira.
Tramitação
O projeto está apensado ao PL 5773/09, do Senado, que trata de tema semelhante e tem prioridade. Os dois projetos e vários outros que tramitam em conjunto serão analisados em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação (inclusive no mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
FONTE: Agência Câmara de Notícias

segunda-feira, 21 de maio de 2012

-VEJA DICAS PARA ECONOMIZAR COMBUSTÍVEL.

O problema deve estar entre o banco do motorista e o volante. A piada é velha, mas quando se trata de consumo de combustível, o condutor do veículo é o grande responsável pelo gasto excessivo. Para Ingo Hoffmann, piloto de testes da BMW, dois motoristas com características distintas de condução podem apresentar diferença de consumo de até 20%. “Aquele que acelerar com mais suavidade, terá um consumo menor”, ensina.
Para o consultor Antonio Alexandre Ferreira Correia, da Petrobras Distribuidora, pequenas atitudes diárias podem influenciar na redução do gasto do combustível. “A aceleração do veículo deve ser feita sempre de forma gradual. A prática de acelerar e reduzir constantemente também consome mais combustível”, pontua o especialista.
“A manutenção preventiva em dia é outro item importantíssimo, faz coro o professor Ricardo Bock, do departamento de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI, Fundação Educacional Inaciana. Conheça as dicas dos especialistas para reduzir o consumo de combustível do seu carro:
Pneus
O professor Ricardo Bock diz que é importante manter os pneus sempre calibrados. Quando eles estão murchos, causam aumento do consumo, além do desgaste desigual. Ele acrescenta que as rodas também devem estar balanceadas e alinhadas. A ideia é facilitar o deslocamento do veículo.
Carga
Ingo Hoffmann ensina a carregar o mínimo possível de peso no veículo. Quanto mais peso carregar, mais energia o carro gasta e o consumo aumenta. “Se este carro estiver circulando em uma cidade de muito trânsito, este consumo será maior ainda, pois todo o momento que o carro tiver que sair da inércia, o motorista terá que usar mais o acelerador, aumentando assim o consumo. Na estrada, onde o carro fica em uma velocidade constante, no entanto, este aumento de consumo não é tão perceptível”, explica.
Velocidade constante
Antonio Alexandre Ferreira Correia orienta que a aceleração do veículo deve ser feita sempre de forma gradual, nunca com arrancadas bruscas. Além de consumir mais combustível, isso aumenta o desgaste dos pneus. Quanto mais suave for a pressão no acelerador, maior será a economia de combustível; Ingo Hoffmann completa dizendo da importância de se manter uma velocidade constante. A prática de acelerar e reduzir constantemente consome mais combustível.
Troca de marchas
Bock diz que vale ainda trocar as marchas na rotação ideal. “Nem em giro tão elevado e nem tão reduzido. Dessa forma, o consumo será mais baixo”, diz ele. “Alguns carros já tem uma indicação de troca de marchas na rotação ideal”, completa Hoffmann. Para Correia, o ideal é usar sempre a marcha mais alta que puder. Ele reforça que o uso de marchas mais baixas obriga o motor a trabalhar em rotações mais altas, o que aumenta o consumo.
“Banguela”
“Descer com o carro no ponto para economizar combustível está fora de cogitação”, alerta Bock. Ele explica que nas descidas, o indicado é usar sempre o freio motor, com o carro engrenado, sem acelerar. “Descer na banguela vai fazer o condutor gastar mais, quando a reaceleração foi feita. O uso do freio controla a velocidade do carro e ainda reduz o desgaste dos freios”, completa.
Janelas abertas
Bock orienta a andar com as janelas do carro fechadas. “Janelas abertas obrigam um consumo maior de combustível, pois aumentam a resistência do ar”, afirma.
Qualidade do combustível
A dica de Correia é utilizar combustível de qualidade, adquirindo o mesmo em postos confiáveis. “Desconfie de preços muito abaixo da média praticada pelo mercado. O uso de combustível fora de especificação, além de causar aumento de consumo, pode acarretar diversos problemas, entre eles a formação de borra no motor, entupimento de bicos injetores, formação de depósitos em válvulas”, ensina.
Manutenção
A manutenção preventiva é algo relevante na busca da economia de combustível, na opinião de Bock. Ele orienta a manter os filtros de ar e combustível do veículo em bom estado de limpeza, já que filtros sujos podem aumentar consideravelmente o consumo.
FONTE: Trânsito Manaus

sábado, 19 de maio de 2012

CONTRAN CRIA REGRAS DE ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) divulgou nesta quinta-feira (17) as normas de acessibilidade para veículos  de transporte alternativo. O artigo quarto da resolução 402/2012 cria regras a serem seguidas pelas empresas.
Os veículos que tiverem a plataforma elevatória ou a rampa de acesso para cadeirantes deverão exibir o Símbolo Internacional de Acesso – a figura azul de um homem sentado em uma cadeira de rodas – nos vidros dianteiro e traseiro e nas lateriais dos ônibus.
Os letreiros que identificam o destino e a numeração da linha deverão ser na cor verde-limão, amarelo-limão, com fundo preto, para facilitar a identificação pelos usuários.
Nos locais reservados para pessoas com deficiência, idosos, gestantes e passageiros com crianças de colo haverá um adesivo de identificação. E os degraus de acesso deverão ter sinalização de cor amarela.
FONTE: Extra

sexta-feira, 18 de maio de 2012

-AVALIAÇÃO TEÓRICA: ALUNOS SE PREPARAM PARA A PROVA OU PARA O TRÂNSITO?

Talita Inaba
Quando se fala em prova teórica, há uma questão polêmica que envolve a preparação dos candidatos a primeira habilitação. Os alunos têm estudado para passar na prova ou a preocupação é adquirir conhecimento sobre os direitos e deveres daquilo que será colocado em prática?
No período de 25 de outubro a 07 de novembro de 2011, o Portal do Trânsito realizou uma enquete com internautas sobre a satisfação com o processo de habilitação. 79% deles disseram que o processo de habilitação é falho em alguns pontos e deveria preparar melhor o futuro condutor. Em contrapartida, 21% dos entrevistados acreditam que os futuros condutores estão preparados para enfrentar os desafios do trânsito. No total, 455 pessoas participaram da enquete.
Para realizar a prova teórica do Detran, todo aluno deve ter concluído às 45 horas/aula em um Centro de Formação de Condutores (CFC). A prova contém 30 questões distribuídas de acordo com a carga horária de cada disciplina do curso teórico. Para realizar a próxima etapa, ou seja, para partir para o curso prático, o aluno deve obter um acerto de, pelo menos, 70% das questões.
Para realizar a prova teórica, alunos têm que cumprir 45 horas/aula
Eloyluz de Sousa Moreira realizou a prova teórica há seis anos e diz que “todo o processo de habilitação está organizado de tal modo que aquele que paga pelo serviço não está preocupado em aprender a se portar no trânsito, mas sim em não perder mais tempo e dinheiro”. Segundo o estudante de filosofia, o CFC serve, portanto, “como uma espécie de curso pré-vestibular, que não possui a função de formar o aluno, mas sim de torná-lo o mais preparado possível para que responda àquilo que será exigido dele no teste”.
Marília Silva, diretora e gerente da Autoescola Silva, comenta que existem alunos interessados em aprender apenas aquilo que cai na prova, assim como existem alunos preocupados em conhecer mais sobre as responsabilidades da prática no trânsito. “Muitos alunos se interessam bastante pelas aulas e questionam, enquanto outros usam até fone de ouvido na sala de aula”.
Gregg Bertolotti Stella, redator, está tirando a primeira habilitação e realizou a prova teórica há três meses. Segundo ele, “o “conteúdo” que faltou ser trabalhado é justamente aquele que não está na apostila e que não diz respeito diretamente ao exame teórico”. O redator diz que, entre seus colegas que também estão tirando a primeira habilitação, muitos comentavam entre as discussões “que não estavam ali para “perder tempo” com coisas que não iriam cair na prova”.
Elaine Sizilo, especialista de trânsito e consultora da Tecnodata Educacional, diz que toda a equipe de profissionais de formação de condutores dos CFCs deve ter consciência que seu trabalho pode fazer diferença na vida dos futuros condutores e na realidade do trânsito atual. Sizilo acredita que “capacitar o futuro condutor a preservar a vida no trânsito torna-o preparado para passar em qualquer teste, independente da qualidade das questões, mas melhor do que isso: faz do trânsito um lugar mais humano”.
Existe um setor no DETRAN (Departamento de Trânsito) que faz a auditoria dos CFCs para verificar se o conteúdo está sendo passado da maneira adequada, é o que afirma Orlando. “Existe controle e fiscalização para tornar os motoristas mais preparados”.
Mudança de comportamento
Utopicamente, todos deveriam preocupar-se em melhorar a situação e a realidade do trânsito atual.
Futuros motoristas precisam ter uma opinião uniforme sobre o processo de habilitação e existem ferramentas de ensino que possibilitam a educação de trânsito de forma completa e objetiva, com o foco na preservação da vida.
Segundo Sizilo, o uso de técnicas e recursos didáticos diferenciados facilitaria a compreensão dos alunos tanto nas aulas quanto na prova. “O ideal seria desenvolver questões com linguagem mais clara e acessível, que exijam conhecimento teórico do candidato diante de problemas que enfrentará no dia a dia do trânsito, com conteúdos atualizados e diferenciação de técnicas de apresentação das questões, usando fotos, tiras de quadrinho, recortes de notícias, ilustrações, narrativas e até vídeos”.
Escolher uma boa autoescola, com credibilidade e competência, verificar o material utilizado e os recursos que este possibilita são ações que interferem diretamente na formação do motorista. Uma boa autoescola e um material de qualidade preocupam-se em preparar o aluno em um condutor responsável e, consequentemente, adquirir bons resultados nas provas.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

-PUBLICADO RESOLUÇÃO QUE ISENTA VEÍCULOS DO ICMS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

O benefício  de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na compra de veículo zero km se estendeu também às pessoas com deficiência visual, intelectual e autista. Antes, a isenção beneficiava apenas pessoas com deficiência física, com autonomia para dirigir. A medida foi publicada no Diário Oficial do dia 09/04, mas só começa a valer a partir de janeiro de 2013 em todo o País.
A decisão é do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e alcança ainda o representante legal ou assistente da pessoa com deficiência, que também terá direito a isenção. A compra não pode ultrapassar o valor total superior a R$ 70 mil.
Aprenda como obter sua carteira de habilitação especial Direitos e Isenções de Impostos para Pessoas com Deficiência na Aquisição de Veículos Burocracia: o grande desafio para comprar um carro com isenção de impostos.
“Esta importante medida amplia a isenção do imposto às pessoas com deficiência que não tem autonomia de conduzir seu veículo, garantindo assim acessibilidade e equiparação de oportunidade”, ressalta Antonio José Ferreira, secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos.
Outra vantagem para pessoas com deficiência foi aprovada na terça-feira (10), na Câmara dos Deputados. A Medida Provisória nº549/11 cria a possibilidade de adquirir veículos zero km com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Porém, a compra só poderá ser efetuada caso o veículo anterior, comprado também sem imposto, tenha sofrido perda total. Atualmente, a isenção era válida apenas para compras feitas com intervalos de dois anos sem cogitar a situação extraordinária.
O Plenário da Câmara aprovou ainda emenda que estende o benefício da compra de veículo com isenção de IPI às pessoas com deficiência intelectual. Todas estas medidas de desoneração fiscal fazem parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, lançado em novembro do ano passado.
Fonte: Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis

quarta-feira, 16 de maio de 2012

-GRÁVIDAS PODEM DIRIGIR, MAS COM SEGURANÇA.

Não há nada no Código de Trânsito Brasileiro que proíba a gestante de dirigir, mas as recomendações médicas devem ser levadas em conta
Mariana Czerwonka
Há muitos mitos que rondam a gravidez. Um deles é de que não é possível dirigir durante a gravidez. “A princípio a gestante pode dirigir, mas como tudo na vida é uma questão de bom senso, a gestante deve ponderar se está se sentindo bem para essa função”, explica o obstetra, Dr. Mauro Sancozki.
Algumas mudanças físicas na mulher podem contribuir com o aparecimento de sintomas que tornam o ato de dirigir mais difícil. Nos primeiros meses a mulher tende a sentir muitas náuseas, enjoos e tonturas. “Se estiver com algum destes sintomas o melhor é evitar, pois geralmente o trânsito é muito estressante e contribui para a piora desse estado”, diz o obstetra.
Já no final da gestação, conforme aumenta o volume abdominal a gestante deve tomar alguns cuidados. “A mulher grávida deve estar numa posição confortável e segura para dirigir, com o banco um pouco afastado, mas de forma com que ela alcance os pedais. A barriga não pode ficar muito próxima ao volante, os riscos aumentam e são potencializados se o carro possuir airbag”. Para ele, nesses casos o melhor é não dirigir e nem ocupar o banco da frente do veículo.
O cinto de três pontos deve passar pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga.
O cinto de três pontos deve passar pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga.
Outro assunto tabu é o uso do cinto de segurança. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, muitas mulheres ignoram a forma correta, o posicionamento e as exigências legais da utilização do cinto de segurança. Além disso, muitas delas não usam alegando desconforto e medo de prejudicar o feto, porém o cinto de segurança é fundamental e obrigatório para todo mundo, inclusive às gestantes. “O cuidado que a grávida deve ter é usar o cinto de três pontos passando pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga”, afirma Elaine Sizilo, especialista em trânsito.
Em motocicletas
Na motocicleta o assunto muda. Para o obstetra, a gestante nunca deve transitar neste tipo de veículo. “Qualquer queda com a moto pode expor o feto a riscos e, além disso, na motocicleta os corpos do passageiro e do condutor devem acompanhar os movimentos do veículo, o que não é uma tarefa simples para uma mulher grávida”, aconselha Dr. Sancozski
.

terça-feira, 15 de maio de 2012

-PROJETO MUDA O CÓDIGO DE TRÂNSITO E MOTORISTA BÊBADO PODERÁ PERDER LICENÇA ÁRA DIRIGIR.


Os condutores de veículos automotores que teimarem em conduzir seus automóveis após consumir bebida alcoólica poderão ter o valor das multas aplicadas aumentado em dez vezes. Além disso, poderão até mesmo perder definitivamente o direito de dirigir. A penalidade está prevista no projeto de lei n° 3.809/2012, de autoria da deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB). Alterando o artigo n° 165 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, o projeto dispõe sobre a aplicação de sanção administrativa progressiva e mais severa aos condutores de automóveis que reincidirem no consumo de bebidas alcoólicas.
Conforme previsto na matéria, o condutor que for pego pela primeira vez dirigindo sob efeito de bebida alcoólica será penalizado com multa no valor dez vezes superior àquele especificado para o tipo de infração por ele cometida, além de perder o direito de dirigir por um período de doze meses. Em caso de primeira reincidência, além da pesada multa, a suspensão da licença para dirigir deverá vigorar por três anos, e em segunda por um período de cinco anos. No caso de terceira reincidência, o cancelamento da Carteira Nacional de Habilitação será definitivo, sendo feita a devida averbação em todos os órgãos de trânsito do País.
Justificando a sua iniciativa, Nilda Gondim lembrou, que no mês de abril deste ano a Câmara dos Deputados aprovou uma matéria que amplia a possibilidade de provas para quem conduz veículo sob efeito de álcool no âmbito da Lei Seca. A proposta citada pela deputada paraibana dobra o valor da multa e eleva para R$ 3.800,00 a penalização no bolso do infrator, em caso de reincidência dentro de doze meses.
“Tal penalização é apenas financeira, não existindo qualquer outra de cunho administrativo que penalize aqueles que, em caso de sucessivas reincidências, insistam em conduzir seus veículos automotores sob efeito de álcool ou de substância psicoativa que determine dependência”, ressaltou, acrescentando que o projeto de lei n° 3.809/2012 tem por objetivo exatamente o preenchimento dessa lacuna na legislação de trânsito.
A mudança, segundo ela, é importante para fortalecer a Lei Seca. “Apertar a Lei Seca e a fiscalização pode salvar vidas e reduzir o número de pessoas que morrem ou ficam com deficiência por causa de acidentes causados por pessoas que conduzam veículos sob efeito de bebida alcoólica”, comentou. Reforçando seu argumento, Nilda Gondim citou estatísticas que demonstram a ocorrência de morte, somente em 2010, de aproximadamente 45 mil brasileiros vítimas de acidentes de trânsito, “boa parte deles provocados por condutores sob efeito do álcool”.
Em seu artigo 296, o Código de Trânsito Brasileiro diz textualmente o seguinte: “Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis (Redação dada pela Lei n.º 11.705/08)”. No artigo 292 do mesmo instrumento legal, é possibilitado ao juiz impor a suspensão ou proibição da habilitação para dirigir veículo automotor como penalidade principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Com a iniciativa do projeto de lei n° 3.809/2012, Nilda Gondim pretende garantir que deixem de ser brandas as formas de punição dos condutores de veículos, especialmente dos reincidentes, que teimam em dirigir sob efeito de álcool ou outras drogas, colocando em risco, não somente suas próprias vidas, mas a vida de milhares de pessoas inocentes.“A presente iniciativa vai ao encontro daquilo que nossa sociedade espera, ou seja: que se faça justiça contra aqueles que não respeitam o próximo, nem a si mesmos, e que fazem dos seus automóveis verdadeiras armas de alto poder de destruição de milhares de vidas alheias”, enfatizou a deputada federal.
Com informações da ASCOM

segunda-feira, 14 de maio de 2012

-BICICLETA ELÉTRICA AINDA "PATINA" NA LEGISLAÇÃO SOBRE SEU USO.

Mesmo apontada como uma das principais soluções para o trânsito nas grandes cidades, inclusive Curitiba, a bicicleta elétrica ainda patina na legislação sobre a regulamentação de seu uso. Ainda não ficou claro como os municípios devem considerá-la e há equívocos sobre de que forma os usuários precisam se comportar no trânsito. Enquanto isso fica a pergunta: “trata-se de veículo de propulsão humana com ajuda elétrica ou um veículo automotor com ajuda humana?”.
“O tratamento que somos obrigados a dar às bicicletas elétricas é de ciclomotor, que tem legislação própria”, afirma o secretário municipal de Trânsito, Marcelo Araújo, citando determinação do Código Brasileiro de Trânsito. A lei prevê que a condução destes veículos exige habilitação específica, uso de equipamentos de segurança, registro do veículo, tráfego em vias ao invés de calçadas e ciclovias, e ainda punição para possíveis crimes de trânsito. De acordo com o Detran, nenhum centro de formação de condutores no estado oferece formação para a autorização para conduzir ciclomotores (ACC). Isto porque a procura é baixa e o motorista habilitado na categoria A tem permissão para conduzi-los.
Além disso, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que os municípios são os responsáveis por fiscalizar, registrar, licenciar, aplicar as penalidades e arrecadar as multas decorrentes de infrações deste tipo de veículo. No entanto, Araújo aponta outro problema que complica ainda mais. “Nenhum município tem condição de formar o cadastro para registro e licenciamento das bicicletas elétricas”, diz. Com a falta de registro fica impossível vincular a multa a uma placa do veículo.
Regulamentação
As bicicletas elétricas foram parar na Câmara de Curitiba, onde tramita um projeto de lei para a regulamentação da circulação destes veículos. De autoria da vereadora Julieta Reis (DEM), a proposta equipara as bicicletas elétricas às comuns e libera o uso das ciclovias. O argumento da vereadora é que os veículos não “ultrapassam 25 km/h e funcionam junto à propulsão humana aos ciclomotores”.
Venda sem restrições nas lojas
Porém, na avaliação do secretário Marcelo Araújo, a solução para o impasse que está se desenrolando em todo o País deve vir das instâncias federais. Só assim será possível definir exatamente em qual categoria de veículos serão encaixadas as bicicletas elétricas e quais serão as responsabilidades dos condutores.
Enquanto não se define a regulamentação, as lojas vendem as bicicletas elétricas como as tradicionais, sem restrições ao condutor. “Explicamos que a regulamentação pode acontecer”, afirma o montador da loja E-leeze, Egon Otto Zulauf. De acordo com ele, a procura pelos veículos aumenta a cada dia. Mais de 200 bicicletas elétricas foram vendidas pela loja e estão em circulação na cidade.
Fonte: Paraná-Online

sábado, 12 de maio de 2012

-SAIBA COMO EVITAR ACIDENTES E NÃO DORMIR NO VOLANTE.

No próximo dia 13 de maio (domingo) é comemorado o Dia do Automóvel. Com cerca de 40 milhões de carros nas ruas, o Brasil está entre os cinco países que mais vendem automóveis no mundo. Ao mesmo tempo em que o mercado quatro rodas cresce, os índices de acidentes preocupam as autoridades. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes ocasionadas em rodovias brasileiras são causadas pelo sono, sendo este o responsável por 20% do total de acidentes envolvendo veículos no país.
A desatenção ao volante é uma das principais consequências de uma noite mal dormida. Para Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex, é fundamental que o indivíduo esteja com o sono em dia antes de pegar a estrada. “Uma boa noite de sono é de extrema importância para qualquer pessoa, principalmente para quem irá viajar ou dirigir por um longo período. A privação do sono provoca diversas consequências, como redução da capacidade de raciocínio, perda dos reflexos, além da sensação de fadiga, que pode resultar em pequenos cochilos”, afirma a consultora.
Para Renata, o sono de qualidade implica em medidas simples, que podem evitar os imprevistos nas estradas. “É importante que as pessoas tenham em média um período de 7 a 8 horas de sono por dia, para que os prejuízos da privação do sono não surjam em longo prazo. O sono também deve ser renovador, para isso a postura correta é fundamental durante toda a noite”, completa Renata.  A consultora reforça que consumir café, energéticos ou mesmo molhar o rosto durante o trajeto são métodos pouco eficazes no combate ao sono. “Essas não são medidas 100% eficazes. Quando o condutor sentir que o sono chegou, a melhor opção é parar o carro e tirar algumas horas de sono”, finaliza.
FONTE: Blog Mobilidade Urbana

sexta-feira, 11 de maio de 2012

-SEM REGULAMENTAÇÃO DO MUNICÍPIO, BICICLETA ELETRICA É PROIBIDA.


Cada cidade necessita regularizar o uso que necessita de CNH e capacete. Por estarem equiparadas a ciclomotores, ‘e-bikes’ precisam ser emplacadas
Para rodar com bicicleta elétrica no Brasil é necessário que o município possua regulamentação sobre o assunto, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No último domingo (29), um ciclista foi multado durante blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro por estar sem capacete e não possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria do veículo – “Autorização para Conduzir Ciclomotor” (ACC) ou “A” (motocicletas). A penalização gerou dúvidas sobre a utilização das bicicletas elétricas no país.
“Por ter propulsão motorizada, a bicicleta elétrica é regida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Caso a cidade regulamente a situação, o veículo terá de ser emplacado e o usuário precisará de capacete e habilitação específica”, explica o advogado Maurício Januzzi, presidente da Comissão de Sistema Viário da Ordem dos Advogados do Brasil. O Denatran afirma que mesmo com condições específicas para cada cidade, habiltação, capacete e emplacamento serão obrigatórios.
Desde 2009, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu que as bicicletas elétricas, ou ciclos-elétricos, estão equiparadas aos ciclomotores – veículos de duas ou três rodas equipados com motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda 50 cm³ e com velocidade máxima de 50 km/h. Desse modo, ciclomotores e bicicletas elétricas somente poderão circular se o município tiver regulamentado o assunto – o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda não possui a situação regularizada.
Se o condutor não obedecer, isso configura infração prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é considerada gravíssima, por conduzir veículo sem placas de identificação. Além disso, a utilização dos veículos sem o uso de capacete também acarreta em penalização gravíssima ao condutor, independente de lei municipal, pois já está presente no CTB. O capacete deve ser o mesmo utilizado pelos motociclistas.
O Denatran ressalta ainda que a condução de qualquer veículo, incluindo os ciclos-elétricos, sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, configura infração. A CNH necessária para as bicicletas elétricas é a Autorização para Conduzir Ciclomotor. Quem possuir a habilitação do tipo A, para motocicletas, também pode conduzir ciclomotores e bicicletas elétricas.
Bicicletas elétricas necessitam de número do chassi
De acordo com o Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), os ciclos-elétricos devem possuir número de chassi, código de marca, modelo, versão e estar cadastrados na Base de Índice Nacional (BIN) para a efetivação do cadastro, licenciamento e emplacamento junto ao órgão executivo de trânsito do estado.
Porém, segundo o órgão, a maior parte desses veículos não possui este tipo de registro, que é obrigação do fabricante ou importador. “Desse modo, as bicicletas elétricas não poderiam ser comercializadas, pois estão fora do padrão”, esclarece Januzzi.
Falta de incentivo do governo
“Na Europa, os governos têm incentivado o uso das bicicletas elétricas como solução para o transporte, porém, aqui no Brasil, vemos o processo contrário”, afirma Cleto Florêncio, responsável por vendas e atendimento ao cliente da Biobike. A empresa realiza a importação dos ciclos-elétricos há cinco anos e vende cerca de 250 unidades mensais. As bicicletas não possuem numeração de chassi, mas podem ter suporte para placas instalado. Os modelos custam de R$ 1.500 a R$ 4.300.
“Muitos têm trocado o carro por bicicleta elétrica na Europa. É um veículo de fácil locomoção e ocupa menos espaço. Pessoas de mais idade podem utilizar sem grande esforço físico”, disse Uirá Lourenço, presidente da ONG Rodas da Paz, que incentiva o uso de bicicletas como solução para o trânsito. Mostra disso é que muitas marcas estão investindo neste segmento, com o lançamento de bicicletas elétricas premium.
Audi, Maserati, McLaren e mais recentemente a Smart, marca do Grupo Daimler, possuem modelos. A Smart apresentou sua E-Bike no Salão de Frankfurt 2011, modelo que chegará ao mercado este ano. “Você pode ir ao trabalho com ela sem suar, porque tem um motor elétrico auxiliar. E sua roupa não vai sujar, porque a correia dentada de carbono não tem graxa. E você pode estar até de salto”, explicou a vice-presidente mundial da Smart, Annette Winkler, durante a apresentação.
A característica principal do modelo Smart é o fato de ser do tipo híbrida, ou seja, não existe acelarador e sim um auxílio de força elétrica nas pedalas. Pela lei europeia, na bicicleta com motor elétrico a “partida” deve ser feita pela força muscular do ciclista nos pedais, por isso é classificada como híbrida. Além disso, o motor deve parar de funcionar quando a velocidade atingir 25 km/h e quando o freio for acionado, ainda que o ciclista continue pedalando. A potência do motor não deve superar 250 watts.
Fonte: G1 Notícias